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EasyCLP

COMO USAR O SOFTWARE EASY PLC – PARTE 1

Há alguns dias atrás nós disponibilizamos para download aqui na sala da automação um software gratuito de CLP chamado Easy PLC. Se você ainda não fez o download e deseja conhecer este programa, clique aqui! Com este software simples e didático, você pode treinar e praticar seus conhecimentos enquanto você não entra em contato com um verdadeiro CLP. Mas se você fez o download do programa e não está sabendo muito bem como manuseá-lo, fique de olho aqui no nosso blog, pois hoje nós estamos postando a primeira de uma série de videoaulas para ensinar como usar o software Easy PLC.

Leia também:

O que é o CLP?

Como funciona o CLP?

Nesta primeira videoaula você vai aprender a criar um projeto no simulador. Você pode ainda ver algumas informações adicionais descritas no decorrer do post que complementam as explicações do vídeo.

E agora, sem mais blábláblá, vamos à aula:

Como usar o software Easy PLC – Criando um projeto

Base de tempo: aos 40s do vídeo, você pode ver que foram selecionados os parâmetros relacionados à base de tempo. Esta base diz respeito ao tempo de leitura do programa, ou seja, de quanto em quanto tempo o simulador fará a leitura dos dados.

Criar área de I/O devices: aos 1m25s do vídeo, estamos explicando como criar entradas e saídas, vinculando as variáveis com os endereços. Vamos primeiramente esclarecer o que significa I/O:

I = Input (palavra em inglês que significa “entrada”)

O = Output (palavra em inglês que significa “saída”)

Nós já explicamos o que são entradas/saídas e o conceito de endereçamento no nosso artigo sobre como funciona o CLP. Se você ainda tem dúvidas sobre isso, clique aqui para ler a respeito.

estrutura do CLP

Nos exemplos criados no vídeo com as variáveis “a”, “b” e “c”, nós fizemos os seguintes vínculos:

Variável “a”           ==>      I.0.0 (Entrada 0.0)

Variável “b”          ==>      I.0.1 (Entrada 0.1)

Variável “c”          ==>      O.0.0 (Saída 0.0)

*Errata – No vídeo, aos 2m40s, foi criada a saída O.0.0, mas no áudio você vai me ouvir dizendo “saída I.0.0”. Desculpem pela falha! Lembrem-se que “I” está sempre se referindo a uma entrada (Input) e “O” está sempre se referindo a uma saída (Output).

Tipos de linguagem: aos 2m60s do vídeo, estamos mencionando quatro tipos de linguagem com as quais podemos programar. Esse assunto será mais aprofundado nas próximas videoaulas.

Projeto: aos 3m12s do vídeo, você pode ver um teste feito com as variáveis criadas anteriormente. No projeto criado, as variáveis “a” e “b” estão vinculadas com a variável “c”. Vamos dizer que “a” e “b” são dois interruptores e que “c” está conectado a uma lâmpada. As condições lógicas deste projeto  representam por  que quando os dois interruptores são acionados ao mesmo tempo, é dado o comando para a lâmpada acender.

Bem, espero que tenham gostado e fiquem no aguardo das próximas videoaulas. Se possível, deixe suas dúvidas, sugestões e críticas na área de comentários abaixo. Sua opinião é bem-vinda e muito importante para nós!

Até a próxima!

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Automação residencial

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL

Olá pessoal! Já dissemos algumas vezes aqui no blog que a área da Automação é bastante abrangente, certo? Isso porque há vários ramos diferentes nos quais ela vem sendo utilizada. No nosso primeiro artigo aqui do blog, no qual explicamos o que é a Automação, já demos alguns exemplos de como ela pode ser utilizada em indústrias, sendo chamada de Automação Industrial, e em comércios, sendo chamada de Automação Comercial. Além disso, em outro artigo no qual explicamos o que é o CLP, foi mencionado que a automação tem sido muito utilizada também em residências, sendo esta chamada de Automação Residencial.

Hoje, portanto, vamos focar na Automação Residencial, assunto que vem sendo muito comentado na atualidade.

O QUE É AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL?

Automação Residencial é um conjunto de serviços gerados através de equipamentos tecnológicos para o nosso conforto e bem estar dentro de nossas residências.

Domótica = Domus (casa) + Robótica

A tecnologia utilizada nesta área da automação é chamada de “Domótica” – “Domus” (do latim, “casa”) + Robótica (controle automatizado). É desta tecnologia que falaremos no decorrer deste post, entendendo para o que ela serve e como ela pode ser utilizada.

PARA QUE SERVE?

Cada vez mais, as pessoas buscam conforto dentro de suas casas. Basta lembrar de como eram as televisões sem controle remoto antigamente. Ninguém mais quer se levantar do sofá quentinho e confortável para trocar de canal. Pense também na comodidade cada vez mais comum dos portões eletrônicos, os quais possibilitam apertar um simples botão e, assim, evitar ter que sair do carro em um dia de chuva e se molhar para poder entrar na garagem.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados para ilustrar o que eu quero dizer: a busca pelo conforto e praticidade é cada vez maior nesse mundo moderno no qual as pessoas vivem correndo, ocupadas com trabalho e diversos compromissos sociais. Estando em casa com suas famílias, elas querem mais é conforto e descanso!

Automação Residencial3Bem, não estou dizendo que a Automação Residencial significa comprar uma TV com controle remoto, não é nada disso!

Você já deve ter visto filmes que mostram casas bastante modernas e tecnológicas, nas quais o cara aperta um botão e as cortinas se fecham, as luzes diminuem, a lareira elétrica acende, o teto se abre, a música romântica toca, a moça fica toda impressionada e… Bem, o resto deixa pra lá.

Automação Residencial2

Ou seja, a função desta tecnologia é automatizar diversas atividades e comandá-las através de uma central que pode ser acoplada a um computador e/ou internet. Com a domótica, é feita a interação de equipamentos, de modo que eles se comuniquem entre si e com o cliente, sendo possível dar diversos comandos através de um único controle.

MAS COMO?

Já foi falado aqui no blog que o CLP é um equipamento que, além de ser utilizado em indústrias, também vem sendo utilizado na Automação Residencial.

Claro que devemos considerar que há muitos tipos diferentes de CLP, alguns com mais funções que outros e alguns com preços mais acessíveis e outros menos. Tudo depende do que realmente se pretende fazer dentro da residência. Mas é importante enfatizar que a Automação Residencial não depende somente do CLP, de modo que há diversas ferramentas para a interação dos componentes.

Atualmente há diversos fabricantes de componentes eletrônicos para acionamento, entretenimento e segurança das residências.

Quando falamos em acionamento, estamos nos referindo ao comando remoto de portões, portas, acionamento de luzes, entre outros.

Quanto ao entretenimento, estamos nos referindo ao controle do ambiente para nos gerar bem-estar, como por exemplo, com o acionamento do som para emitir o estilo e ritmo do cliente no momento desejado e outros.

Quando falamos em segurança, estamos nos referindo à questão de equipamentos que nos trazem garantia e confiabilidade, como sistemas de alarme e câmeras que nos possibilitam visualizar nosso lar até mesmo através da internet quando estamos longe de casa.

Segurança de Câmeras

Bem, nossa intenção aqui foi mostrar uma visão geral do que a Automação Residencial pode abranger. Com isso, podemos ter uma ideia de como são grandes as possibilidades para nós, profissionais da automação, no nosso mundão de oportunidades. É só ir atrás delas!

Até a próxima!

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EasyCLP

DOWNLOAD EasyCLP SIMULADOR DE CLP

Não poderia iniciar este blog sem ter uma ferramenta excepcional para oferecer a você. Na Sala da Elétrica disponibilizamos GRATUITAMENTE o CADe SIMU que apresenta incrível desempenho na criação e simulação de Comandos Elétricos e neste artigo deixo a disposição um excelente simulador de CLP para você criar seus projetos em Ladder, simular o funcionamento e aperfeiçoar seus conhecimentos. Em breve disponibilizaremos também um tutorial desta ferramenta para vocês consolidarem sua utilização. O EasyCLP não é apenas um software simulador de CLP, este recurso que está disponível GRATUITAMENTE é uma excelente ferramenta didática e de fácil utilização.

EasyCLP – O SIMULADOR DE CLP

Como você já deve ter lido nosso artigo passado, o CLP é o cérebro da automação e não podíamos deixar de disponibilizar uma ferramenta que trouxesse a você recursos para praticar seu conhecimento onde estiver e o melhor GRÁTIS.

Ao longo dos artigos que iremos publicar, trabalharemos com este simulador de CLP que é uma espécie de laboratório virtual para você acompanhar e entender um pouco mais sobre seu funcionamento, no entanto, o EasyCLP é uma ferramenta bastante simples de ser utilizada, é claro que, para utiliza-la você deverá conhecer ao menos um pouco sobre lógica Ladder de programação mas se não conhece não se preocupe que em breve estaremos publicando assuntos relacionados.

simulador de clp

DOWNLOAD DO SIMULADOR DE CLP

Antes de realizar o Download não se esqueça de assinar nosso Feed de Notícias para manter-se atualizado e receber todas nossas atualizações e conteúdos em primeira mão. É claro que você não precisa realizar a inscrição caso não queira e poderá fazer o download mesmo sem assinar nosso Feed mas acredito que você vai gostar de receber as novidades da área da AUTOMAÇÃO e manter-se atualizado, certo?  Preencha abaixo o formulário com seu e-mail se desejar assinar nosso Feed:

Seu Email Aqui:

Agora vamos ao que interessa, clique sobre a imagem abaixo para realizar o download do simulador de CLP EasyCLP e desfrute ao máximo desta incrível ferramenta de criação e simulação de lógicas de programação de CLP.

Informações do Download:

  • Tamanho do Arquivo: 50Mb
  • Licença: Gratuita

download easyclp

 

CADe SIMU 3.0 com simulação de CLP, mais voltado para Comandos Elétricos

Você pode encontrar este software na Sala da Elétrica, neste link, você vai acessar a página do conteúdo e vai conseguir fazer o download do CADe SIMU 3.0.

O CADe SIMU é um software eletrotécnico voltado para Diagramas de Comandos Elétricos.

cade simu sala da elétrica

CLP3

COMO FUNCIONA O CLP?

Em nosso artigo anterior apresentamos uma das ferramentas mais utilizadas na área da Automação, o chamado CLP (Controlador Lógico Programável), e explicamos em linhas gerais o que ele é e para o que ele serve. Neste artigo iremos entrar com mais detalhes sobre a estrutura e o funcionamento deste equipamento, abordando de que forma esse processador trata as informações e como ele interage no meio em que ele está instalado.

COMPOSIÇÃO DO CLP

Antes de entender o funcionamento do CLP, precisamos conhecer os componentes físicos que o constituem. Veja abaixo uma explicação resumida sobre cada componente:

  • Memória: área do CLP onde ficam armazenadas todas as informações necessárias para que as atividades sejam executadas;
  • Cartão de entrada: recebe um sinal elétrico do ambiente externo e envia para dentro do CLP;
  • Processador: é um chip que irá processar o programa;
  • Cartão de saída: envia um sinal elétrico para o ambiente externo para acionar algum equipamento;
  • Barramento: é uma placa eletrônica responsável por fazer a comunicação entre os componentes descritos acima;
  • Fonte de energia: alimentação do equipamento.

Além dos componentes físicos, este equipamento se constitui de alguns outros elementos abstratos: a chamada “tabela imagem” (que será descrita mais adiante), um programa chamado “scan” que fica dentro do processador (e que também será descrito mais adiante) e o programa com qual o ser humano interage para registrar ou alterar informações.

Todos os componentes e elementos trabalham juntos, cada um com seu papel. Em outras palavras, eles funcionam como uma equipe dentro de uma empresa: cada funcionário tem um papel a ser executado para que os objetivos finais sejam atingidos. Da mesma forma, cada elemento tem um papel para que os objetivos designados para o CLP sejam atingidos.

COMO FUNCIONA?

Bem, o modo como o CLP “trabalha” não é muito diferente de como nós fazemos nossas atividades no dia a dia. O mesmo se baseia em “funções”, as quais nós também podemos chamar de “rotinas”.

Vamos citar como exemplo uma sirene utilizada dentro de uma indústria para alertar aos funcionários sobre um problema emergencial. Podemos dizer que isso é uma “rotina” – toda vez que alguém apertar um determinado interruptor, a sirene irá disparar. E nós podemos utilizar um CLP para programar essa função – vamos entender como.

Programando Entradas e Saídas

Com a utilização de um computador, o profissional irá registrar no programa a função (ou rotina) desejada – ao acionar o interruptor, a sirene deverá disparar. Assim:

  • Acionar o interruptor é uma “entrada”, ou seja, o comando.
  • Disparar a sirene é uma “saída”, ou seja, o resultado esperado.

Nos cartões de entrada e saída, há diversas entradas e diversas saídas, ou seja, um único CLP pode executar diversas funções. Na figura a seguir você pode visualizar um cartão de entrada para ter uma melhor noção do que estamos dizendo.

Cartão de Entrada

As funções (ou rotinas) nos cartões de entrada e saída são geralmente identificadas por “endereços”. Vamos dizer que os endereços, no presente exemplo, são números. Portanto, imagine que acionar o interruptor esteja endereçado na “entrada 1” e disparar a sirene esteja endereçado na “saída 1”. Ao acionar o interruptor, um sinal elétrico será enviado ao cartão de entrada e, normalmente, há algum sinal (como uma luz de led, por exemplo) indicando o endereço que foi acionado (no nosso caso aqui, o endereço “1”).

Lembrando que uma única entrada pode estar ligada a várias saídas ao mesmo tempo. Por exemplo, ao acionar aquele único interruptor, podemos fazer a sirene disparar, acender a luz, ligar o rádio e o que mais tiver sido programado ali. O contrário também pode acontecer: uma única saída pode estar conectada com várias entradas, ou seja, vários interruptores diferentes poderiam fazer a sirene disparar – mas vamos ficar apenas com um interruptor e com a sirene para não complicar.

O Caminho das Informações

fluxograma clp

Primeiramente, é necessário esclarecer que nenhum componente do CLP sabe de fato o que irá acontecer, ou seja, disparar a sirene. Quem vai cuidar disso é o eletricista que irá conectar os fios ao CLP.

Quando o interruptor for acionado, um sinal elétrico irá ligar a entrada “1” aqui do nosso exemplo. O cartão de entrada irá reconhecer que o fio está energizado e essa é a única informação que ele tem: “opa, a entrada ‘1’ foi acionada”. E o barramento irá levar essa informação para a chamada “tabela imagem de entrada”.

Mas o que é uma tabela imagem?

rotina de funcionamento do clp

A tabela imagem é uma área da memória do CLP. Temos a tabela imagem de entrada e a tabela imagem de saída. Na primeira, ficam as informações enviadas pelo cartão de entrada, ou seja, informações sobre se determinada entrada está acionada ou não. É necessário armazenar essa informação nessa área da memória enquanto o programa é atualizado com as novas informações sobre o que é pra fazer.

O programa vai verificar, de acordo com as informações registradas na memória do programa, que quando a entrada “1” está acionada, é necessário acionar a saída “1”. Assim, depois dessa verificação, o chamado “scan” (que fica dentro do processador) interpreta essa informação e executa o programa.

Executando o programa, ele enviará essa informação à “tabela imagem de saída”, na qual ficam armazenadas as informações do cartão de saída, enquanto o scan vai verificando outras informações do programa.

Fica por conta do barramento levar essa informação ao cartão de saída – “ei, aciona o ‘1’ aí!”. Assim, depois de todo esse processo, a função do cartão de saída é enviar um simples sinal elétrico e pronto – a sirene dispara!

Tudo isso acontece, claro, numa velocidade espantosa. Além disso, o CLP fica atualizando as informações repetidamente, várias e várias vezes por segundo, garantindo que sempre que alguma entrada for acionada, o resultado esperado (a saída) será executado.

Como funciona o scan?

Agora vamos entender como o scan funciona quando chega a hora de ele entrar em ação para executar o programa.

Bem, primeiro, é importante saber que em programação dizemos que cada informação programada é uma “linha”. Assim, o scan lê a primeira linha do programa da esquerda para a direita (ou seja, ele lê a informação programada). Após essa leitura ou varredura, se houver uma segunda linha de programa, o scan passa para a próxima e faz a leitura da esquerda para direita e assim sucessivamente.

O scan faz essa leitura ou varredura diversas vezes, mesmo que não tenha nada de atual para executar. Isso quer dizer que o equipamento fica funcionando continuamente, 24 horas por dia.

Devido a isso, temos algo que chamamos de “chamada de rotina”. Esse recurso faz com que o scan execute somente quando tiver algo novo para fazer. Mas essa informação fica para o nosso próximo artigo.

Bem, espero que tenham gostado. Até a próxima!

CLP

O QUE É O CLP

Você já sabe que não existe possibilidade de falar de automação se não iniciarmos a conversa com três letras, são elas: CLP,   neste artigo iremos tratar da ferramenta mais utilizada no processo de Automação Industrial e que vem ganhando força também na Automação residencial, o chamado CLP. O Controlador Lógico Programável é sem dúvidas a inteligência no processo de automatização de máquinas e/ou ambientes, isto mesmo, o responsável pela inteligência, você deve ter lido nosso artigo sobre a Diferença entre Automação e Mecanização e entenderá o que queremos dizer com inteligência. Assim, para iniciar, vamos entender em linhas gerais o que ele é e para o que ele serve.

Recomendação de Curso: Curso de CLP

O QUE É ?

O Controlador Lógico Programável ou CLP é um computador que executa funções específicas através de um programa criado por um ser humano. Podemos dizer que é um computador com competências diferentes daquelas de um computador comum que utilizamos no dia a dia, o qual serve para acessar a internet, fazer impressões, gravar vídeos etc.

PARA QUE SERVE?

Como já foi falado aqui na Sala da Automação, existe diferença entre os conceitos de Mecanização e Automação. Leia mais sobre isso clicando aqui e entenda essa diferença para que fique claro qual o papel do CLP nessa história.

Ao gerenciar processos de forma automatizada, precisamos de um equipamento para controlar o nosso sistema mecânico. Em outras palavras, para que o sistema mecânico fique inteligente, precisamos de um “cérebro”, o qual conterá as informações necessárias para que o sistema “saiba” o que está fazendo.

Mas como assim?

Bem, podemos citar como exemplo uma mesa elevatória de uma linha de produção de uma montadora, que tem por função elevar os carros de um andar ao outro da fábrica. Seu sistema mecânico consistirá basicamente nos movimentos necessários para subir e descer. Mas como a mesa vai “saber” quando há um carro em cima dela? Como ela irá saber qual a hora de parar de subir? E se der a louca nela e ela continuar se elevando até estourar seus cabos?

CLP

Pois é… Para que isso não aconteça, precisamos de equipamentos de programação que contenham as informações corretas sobre a posição em que a mesa deve estar, se é hora de subir, se é hora de descer, se o carro já está em cima dela, se o carro já foi transferido para a próxima etapa etc. Portanto, de modo geral, o CLP é um desses equipamentos que são utilizados para armazenar essas informações, fazendo o papel de “cérebro” do sistema.

Como foi dito, o CLP não é o único equipamento utilizado para esse fim, mas sendo um dos mais conhecidos e utilizados, decidimos começar por ele. Aos poucos iremos incluir artigos sobre outros equipamentos de automação.

CLP X PLC

É possível que você se depare por aí com essas duas siglas e, assim como muitas pessoas, pode acabar pensando que CLP e PLC se tratam de dois equipamentos diferentes.

Para evitar confusões, basta saber que não. Ambos se tratam do mesmo equipamento, sendo a primeira sigla correspondente ao nome do equipamento em português e a segunda em inglês, conforme segue:

  • CLP      = Controlador Lógico Programável

  • PLC      = Programmable Logic Controller

HISTÓRIA DO CLP

Agora que você já sabe qual a função do CLP, iremos entender de onde ele veio. O Controlador Lógico Programável foi primeiramente utilizado na empresa General Motors na década de 60, devido à sua necessidade de alterar processos de forma rápida e com menor custo.

O que isso significa?

Processos dentro de uma indústria são as etapas pelas quais os produtos passam. Devido à constante necessidade de maior eficiência, produtividade e competitividade, torna-se necessário fazer alterações nesses processos de modo a modernizá-los e isso pode envolver reestruturas com relação a equipamentos, reprogramação de informações etc.

Anteriormente os processos eram controlados por comandos elétricos, os quais ocupavam um grande espaço físico. Caso houvesse a necessidade de realizar alguma alteração objetivando melhorias, ou mesmo a necessidade de reparos, seria necessário desmontar muitos painéis de comandos elétricos, fator que envolveria um grande número de pessoas, além de uma considerável perda de tempo. E, como sabemos, tempo é dinheiro, certo?

Com isso, em 1968, a Divisão Hydramatic da GM determinou os critérios para o projeto do CLP e o primeiro dispositivo criado para atender a essas especificações foi desenvolvido pela Gould Modicom, em 1969.

Assim, com a utilização do CLP, basta um computador e uma pessoa para manipular o programa de forma simples, o que tornou possível simplificar a alteração dos processos, reduzindo tempo, mão-de-obra e obtendo, consequentemente, lucros significativos.

Obviamente, com a evolução da tecnologia, houve grandes avanços e constantes aperfeiçoamentos das funções do CLP desde sua criação ao que ele é nos dias de hoje.

Seu uso também vem se expandindo. Apesar de ser dedicado normalmente às indústrias, o CLP vem também ganhando espaço na utilização em residências. Essa abordagem é chamada especificamente de Automação Residencial, mas isso já é assunto para outro post.

Agora que você já tem uma visão geral sobre o que é, para o que serve e de onde surgiu o CLP, fique no aguardo dos próximos artigos, nos quais iremos tratar mais especificamente sobre suas funções. Até lá!