CLP

O QUE É O CLP

Você já sabe que não existe possibilidade de falar de automação se não iniciarmos a conversa com três letras, são elas: CLP,   neste artigo iremos tratar da ferramenta mais utilizada no processo de Automação Industrial e que vem ganhando força também na Automação residencial, o chamado CLP. O Controlador Lógico Programável é sem dúvidas a inteligência no processo de automatização de máquinas e/ou ambientes, isto mesmo, o responsável pela inteligência, você deve ter lido nosso artigo sobre a Diferença entre Automação e Mecanização e entenderá o que queremos dizer com inteligência. Assim, para iniciar, vamos entender em linhas gerais o que ele é e para o que ele serve.

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O QUE É ?

O Controlador Lógico Programável ou CLP é um computador que executa funções específicas através de um programa criado por um ser humano. Podemos dizer que é um computador com competências diferentes daquelas de um computador comum que utilizamos no dia a dia, o qual serve para acessar a internet, fazer impressões, gravar vídeos etc.

PARA QUE SERVE?

Como já foi falado aqui na Sala da Automação, existe diferença entre os conceitos de Mecanização e Automação. Leia mais sobre isso clicando aqui e entenda essa diferença para que fique claro qual o papel do CLP nessa história.

Ao gerenciar processos de forma automatizada, precisamos de um equipamento para controlar o nosso sistema mecânico. Em outras palavras, para que o sistema mecânico fique inteligente, precisamos de um “cérebro”, o qual conterá as informações necessárias para que o sistema “saiba” o que está fazendo.

Mas como assim?

Bem, podemos citar como exemplo uma mesa elevatória de uma linha de produção de uma montadora, que tem por função elevar os carros de um andar ao outro da fábrica. Seu sistema mecânico consistirá basicamente nos movimentos necessários para subir e descer. Mas como a mesa vai “saber” quando há um carro em cima dela? Como ela irá saber qual a hora de parar de subir? E se der a louca nela e ela continuar se elevando até estourar seus cabos?

CLP

Pois é… Para que isso não aconteça, precisamos de equipamentos de programação que contenham as informações corretas sobre a posição em que a mesa deve estar, se é hora de subir, se é hora de descer, se o carro já está em cima dela, se o carro já foi transferido para a próxima etapa etc. Portanto, de modo geral, o CLP é um desses equipamentos que são utilizados para armazenar essas informações, fazendo o papel de “cérebro” do sistema.

Como foi dito, o CLP não é o único equipamento utilizado para esse fim, mas sendo um dos mais conhecidos e utilizados, decidimos começar por ele. Aos poucos iremos incluir artigos sobre outros equipamentos de automação.

CLP X PLC

É possível que você se depare por aí com essas duas siglas e, assim como muitas pessoas, pode acabar pensando que CLP e PLC se tratam de dois equipamentos diferentes.

Para evitar confusões, basta saber que não. Ambos se tratam do mesmo equipamento, sendo a primeira sigla correspondente ao nome do equipamento em português e a segunda em inglês, conforme segue:

  • CLP      = Controlador Lógico Programável

  • PLC      = Programmable Logic Controller

HISTÓRIA DO CLP

Agora que você já sabe qual a função do CLP, iremos entender de onde ele veio. O Controlador Lógico Programável foi primeiramente utilizado na empresa General Motors na década de 60, devido à sua necessidade de alterar processos de forma rápida e com menor custo.

O que isso significa?

Processos dentro de uma indústria são as etapas pelas quais os produtos passam. Devido à constante necessidade de maior eficiência, produtividade e competitividade, torna-se necessário fazer alterações nesses processos de modo a modernizá-los e isso pode envolver reestruturas com relação a equipamentos, reprogramação de informações etc.

Anteriormente os processos eram controlados por comandos elétricos, os quais ocupavam um grande espaço físico. Caso houvesse a necessidade de realizar alguma alteração objetivando melhorias, ou mesmo a necessidade de reparos, seria necessário desmontar muitos painéis de comandos elétricos, fator que envolveria um grande número de pessoas, além de uma considerável perda de tempo. E, como sabemos, tempo é dinheiro, certo?

Com isso, em 1968, a Divisão Hydramatic da GM determinou os critérios para o projeto do CLP e o primeiro dispositivo criado para atender a essas especificações foi desenvolvido pela Gould Modicom, em 1969.

Assim, com a utilização do CLP, basta um computador e uma pessoa para manipular o programa de forma simples, o que tornou possível simplificar a alteração dos processos, reduzindo tempo, mão-de-obra e obtendo, consequentemente, lucros significativos.

Obviamente, com a evolução da tecnologia, houve grandes avanços e constantes aperfeiçoamentos das funções do CLP desde sua criação ao que ele é nos dias de hoje.

Seu uso também vem se expandindo. Apesar de ser dedicado normalmente às indústrias, o CLP vem também ganhando espaço na utilização em residências. Essa abordagem é chamada especificamente de Automação Residencial, mas isso já é assunto para outro post.

Agora que você já tem uma visão geral sobre o que é, para o que serve e de onde surgiu o CLP, fique no aguardo dos próximos artigos, nos quais iremos tratar mais especificamente sobre suas funções. Até lá!

automação

Automação não é Mecanização

Para dar continuidade em nossos artigos devemos entender algumas coisas, por exemplo, você sabe realmente o que é automação? Leia nosso artigo clicando aqui e entenda sobre este conceito. Mas nós da Sala da Automação gostaríamos esclarecer algumas coisas, por exemplo, automatizar um sistema não é mecanizar, isto mesmo, existe uma diferença muito grande entre automatizar e mecanizar um sistema ou processo produtivo, com certeza você deve estar se perguntando sobre o que é mecanizar um processo, eu também tive esta dúvida e descobri que muitas vezes que conversava com um profissional da área e/ou especialista, na verdade, não falávamos de automação e sim mecanização.

AUTOMAÇÃO vs MECANIZAÇÃO

Sabemos que quando assunto é reduzir tempo na produção e otimizar processos que antes era realizados manualmente o primeiro pensamento que vem a nossa mente é: “Temos que colocar uma máquina para fazer isto” correto? Bom, entenda que o simples fato de substituir o trabalho manual ou mão de obra por máquinas não é automatizar. Devemos tomar muito cuidado quando nos referimos ao conceito de automação e não é por menos, muita gente ainda pensa que automação é reduzir empregos e não é nada disso.

Um exemplo

É simples criar uma esteira que transporte uma peça de um local para o outro e assim eu possa ganhar em tempo e eficiência no que diz o simples transporte desta peça, o difícil mesmo é conseguir fazer com que esta esteira seja capaz de ser sensível a esta peça, ou seja, possa detectá-la no momento em que esta sendo colocada sobre ela, que possa destinar através de seu peso qual o trajeto e/ou velocidade deverá assumir ao transportá-la e também em que momento a esteira deve parar ou diminuir sua velocidade para acompanhar a produção desta peça.

Entenda que a mecanização é simplesmente trocar a ação do homem por máquina e automação é criar um sistema inteligente onde máquinas e homens possam trabalhar em conjunto visando um melhor desempenho garantindo melhor qualidade ao processo, ao trabalhador e também e não menos importante o cliente final.

automação e o homem

Automação

A automação depende de um sistema flexível e onde quanto mais flexível teremos maior interação da automação tornando-a mais inteligente e eficiente, depende também de dispositivos elétricos, eletrônicos, mecânicos. pneumáticos, etc.. que se responsabilizaram pelo desempenho do processo identificando peças, garantido continuidade do processo, realizando acionamentos e interagindo com softwares. Bom, eu poderia ficar mencionando diversos exemplos aqui, mas nosso intuito não é esse por enquanto.

Logo, se tivermos um sistema mecanizado e atribuirmos a este sistemas de controle e inteligência teremos a automação.

Automação

Automação

Olá pessoal!

Estamos iniciando o primeiro post de muitos outros que virão na Sala da Automação.

Esta é uma área que vem crescendo e se destacando cada dia mais e muitas pessoas estão estudando e se desenvolvendo nesse ramo. Por isso, para vocês que gostam de recursos tecnológicos e querem ficar atualizados, você está no lugar certo!

Para dar início a este tema, nada melhor do que começar entendendo o que é, de fato, a automação. Assim, quem ainda não está familiarizado com o assunto poderá esclarecer suas dúvidas e, possivelmente, optar seguir esta área também.

O QUE É AUTOMAÇÃO?

Automação =  “Automatus”  mover-se por si

Primeiramente, vamos refletir sobre o significado da palavra Automação, recentemente publicamos um artigo que demonstra a grande diferença entre automatizar e mecanizar um processo, clique aqui para ler. Esta palavra vem do latim “Automatus” que significa mover-se por si. Você já deve ter ouvido em algum lugar que um determinado produto é “fabricado por sistemas totalmente automatizados”, não é mesmo? Isso quer dizer que estes sistemas “movem por si”, ou seja, trabalham sozinhos sem a necessidade de contato nem qualquer interferência humana.

Esteira transportadora

Contudo, a automação não se restringe a esses sistemas totalmente automatizados em indústrias. Este tipo de automação é mais especificamente chamado de Automação Industrial. Mas a automação em si abrange muito mais que isso. Por exemplo: quando você vai ao cabeleireiro com hora marcada, o recepcionista verifica uma agenda com os horários marcados? Ou ele verifica um programa no computador no qual estão registrados os horários? Pois bem, criar um software que gerencie os horários de entrada e saída dos cabeleireiros, bem como seus salários e os horários de seus clientes já é automatizar um serviço.

Portanto, a automação envolve diversos conjuntos de práticas sobre um processo para torná-lo mais eficiente. Pense assim: de que forma você poderia fazer com que o seu trabalho rotineiro ficasse mais fácil e mais rápido? Bem, essa é a ideia que move a cabeça de várias pessoas que decidiram seguir essa área.

A automação tem por objetivos:

  • Aumento de produtividade;
  • Menor consumo de energia;
  • Aumento na segurança humana e de patrimônio;
  • Diminuição de esforço físico;
  • Aumento de qualidade;
  • Aumento de lucratividade.

Esses itens são os que fazem com que a automação venha ganhando destaque, pois são esses os fatores que os empresários procuram no mercado de trabalho.

QUEM, ONDE E QUANDO?

Puxa, mas quem foi o cara que foi imaginar que isso pudesse ser possível?

Bem, tudo tem que partir de um início. Essa história começou lá no ano de 1908, quando Henry Ford percebeu que se gastava muito tempo para que cada carro fosse produzido em sua fábrica, já que os veículos eram montados um a um.

Foi quando ele teve a ideia de criar a famosa linha de montagem e gradualmente adaptou a linha de montagem e em 1913 fez com que os carros “andassem” pela fábrica enquanto cada funcionário era responsável por fazer apenas uma parte do carro. A economia de tempo e recursos foi rapidamente notada.

Este foi o ponto de partida, mas claro que, assim como tudo na vida, a tecnologia evoluiu – e põe evolução nisso – e as empresas cada vez mais querem se aperfeiçoar na automatização de seus processos, buscando cada vez mais eficiência e lucratividade.

A AUTOMAÇÃO E A MÃO DE OBRA

Muitas pessoas mais conservadoras podem pensar… Poxa, mas as pessoas estão perdendo seus empregos para computadores e robôs?

Homem vs Robo

Bem, de fato esse é um modo de enxergar as coisas. Por exemplo, cada vez mais se diminui o número de atendentes para ajudar clientes. Costumamos ouvir orientações como “você pode encontrar todas as informações no site tal”, “você deve fazer o pedido no site tal”, “o cancelamento do pedido deve ser feito no site tal”, e assim vai… Isso contribui para uma diminuição no número de atendentes daquela empresa – ruim para os atendentes que perderam o emprego… Bom para o dono da empresa que cortou custos e principalmente para o cliente final que terá um produto proveniente de um processo inteligente e fiel.

E é bom também para o profissional da automação que ganhou espaço no mercado de trabalho. Afinal, para que os sites existam, para que os softwares sejam criados, para que os robôs montem os produtos etc., alguém tem que trabalhar, não é? Os sistemas não fazem nada se não houver, nos bastidores, o trabalho de um humano.

Os robôs não aprendem a montar carros sozinhos. Um ser humano (ou melhor, uma equipe de seres humanos), tem que esquentar a cachola, projetar, montar equipamentos, programar etc., para que estes processos possam ser automatizados.

Se um robô quebrar, alguém (um humano!) tem que diagnosticar o problema e saber consertar. Os sites precisam ser constantemente atualizados e isso deve ser feito por um humano. O sistema do salão de cabeleireiros não vai saber por si só os nomes dos clientes, correto? Os sistemas precisam ser alimentados com informações e quem faz isso? Pasmem, um humano! Querendo ou não, os sistemas também falham e quando isso acontece… Chega, acho que deu pra entender, né?

Pois é… A moral da história é: humanos e tecnologia podem (e devem!) ser amigos. E já que a realidade é essa, vamos tirar proveito dela!